quinta-feira, 28 de julho de 2011

Aspiração de Vias Aéreas


Definição

Procedimento técnico, invasivo, realizado por profissional habilitado, visando a remoção de secreção pulmonar acumulada em vias aéreas. Pode ser realizada de 3 formas, dependendo do nível em que a secreção se encontra, como também da via de acesso favorável para o procedimento, podendo ser orotraqueal, nasotraqueal ou via cânula de traqueostomia (pacientes traqueostomizados fig 01).


Figura 01

O procedimento, contrário ao que algumas pessoas imaginam, é indolor, respeitando os critérios necessários. O que ocorre normalmente é a sensação de engasgo durante o procedimento, comum, devido ao estimulo da sonda de aspiração, mas perfeitamente tolerável. Trata-se de um procedimento seguro e eficiente, proporcionando alivio e bem estar ao paciente secretivo.

Objetivos:

Remover secreções traqueobrônquicas e orofaríngeas, de difícil expectoração ou em pacientes com tosse ineficaz, favorecendo a permeabilidade das vias aéreas e conseqüente melhora da ventilação pulmonar.

Responsáveis:

Enfermagem, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo, Médico e cuidador responsável pelo paciente (devidamente habilitado para este procedimento).

Material:

• Aspirador elétrico portátil (Fig 02) ou de Venturi (gás medicinal fig 03);
• Luva de procedimento;
• Luva estéril;
• Sonda de aspiração estéril;
• Soro fisiológico (se necessário);
• Gel anestésico (se necessário).


Figura 02 Figura 03

Asma

O que é?

É uma doença pulmonar crônica, caracterizada por uma hiperreatividade brônquica das vias aérea inferiores, com obstrução do fluxo aéreo. Ela se caracterizada por fatores genéticos {familiares}, fatores externos (cheiro forte, processos alérgicos), ambientais (inalação de ar frio aos esforços), entre outros.

Bombinha

Tratamento

Nossa equipe está preparada para atender adultos ou crianças portadoras desta patologia, realizando um trabalho conjunto de exercícios respiratórios associados a orientações ao paciente e seus familiares, visando a diminuição dos processos reativos (crises), aumentando o tempo das intercrises.

Em crianças com idade muito baixa, trabalhamos com exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem posturais e inalações.

Crianças que já tenham idade para realizar os exercícios de maneira ativa ou adultos portadores, enfatizamos mais os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Somos preparados a realizar em alguns casos, um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados.

Inalação

Exercícios com peso em membros superiores, e inferiores, e uso de incentivadores respiratórios (Respiron / Voldine), podem ser utilizados em estágios mais avançados do tratamento, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico, aliado à resistência pulmonar, vitais para a diminuição das crises asmáticas.

Em estágios mais agudos da crise asmática, possuímos toda a linha de aparelhos de pressão positiva {CPAP / BIPAP}, capaz de oferecer um suporte ventilatorio ao paciente, gerando maior conforto e segurança durante o tratamento domiciliar, orientando também os familiares, sobre a utilização destes aparelhos, caso haja necessidade de uso, durante uma crise inesperada.

Nosso objetivo é dar todo o suporte necessário ao paciente asmático, sem que o mesmo deixe sua residência ou a presença de seus familiares.

Acidente Vascular Cerebral (AVC, AVE)

O que é?
O AVC ou popularmente conhecido como derrame cerebral, pode ser compreendido como uma dificuldade em maior ou menor grau do fornecimento de sangue e seus constituintes para uma determinada área do cérebro. Ele ocasiona uma lesão parcial ou total dessa área atingida tendo como conseqüência a perda ou diminuição das respectivas funções. Funções essas que podem comprometer a coordenação e/ou a motricidade dos membros, o comportamento do indivíduo (confusão mental, agressividade), perda ou dificuldade de fala, entre outras alterações.

AVC Isquêmico

Existem basicamente 2 tipos de AVC:


Isquêmico: considerado o tipo mais comum de AVC (80%), ele ocorre quando não há passagem de sangue para uma determinada área, por uma obstrução do vaso ou redução do fluxo sanguíneo. Nesta modalidade de AVC, podemos destacar casos em que o paciente apresenta o episódio associado ou não a uma sequela, porém em menos de 24 horas o paciente consegue recuperar sua normalidade. Este tipo de AVC é o chamado de "Transitório".
Hemorrágico: quando existe um rompimento de um vaso sanguíneo, ocorrendo o extravasamento do sangue em uma determinada área do encéfalo. Na maioria dos casos, este tipo de AVC é causado por um descontrole da Pressão Arterial.

Tratamento

O trabalho de reabilitação fisioterápica realizado por nossa equipe é composto de um conjunto de procedimentos, exercícios e técnicas que visam restabelecer o máximo possível, uma função perdida, evitar deformidades em articulações, ou em casos irreversíveis, adaptar o paciente em suas novas limitações. É importante deixar claro, que a recuperação deste paciente dependerá não só do tipo de lesão e extensão desta, mas também da colaboração e entendimento do indivíduo. Casos em que o paciente se apresenta confuso ou agressivo, dificilmente teremos uma boa resposta ao tratamento.


O principal objetivo do fisioterapeuta em um quadro de AVC é:

  • Minimizar os efeitos das anormalidades do tônus muscular.
  • Manter uma amplitude de movimento para impedir deformidades.
  • Reeducação de mobilidade nas atividades funcionais básicas (mudanças de decúbito, sentar e transferências).
  • Promover a conscientização corporal, estimulando o máximo possível o lado plégico (paralisado).
  • Melhora do equilíbrio em pé e reeducação da marcha.
  • Independência física.

AVC Emorrágico

Intervenção da família na reabilitação.

Faz parte de nossa missão, promover a integração entre nossa equipe de fisioterapeutas e a família do paciente, para proporcionar uma melhor recuperação e qualidade de vida. Assim, através de um programa de treinamento e participação do familiar, o paciente terá uma melhor evolução e adaptação, tanto em relação aos seus limites, como aceitando a sua nova realidade de vida.

Fisioterapia e mudança de hábitos podem ser solução para problemas de coluna


Muitos casos resolvem com fisioterapia e com a mudança de hábitos, mas, para alguns, a única solução é a cirurgia. “O tratamento prevalente é o conservador, que envolve medidas, como mudanças de hábitos posturais, não carregar peso, não fumar e fazer atividade física regularmente para fortalecer os músculos,” afirma ortopedista Luiz Cláudio França, integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia e Traumatologia, Regional Minas Gerais.

Não só as vértebras, como também os músculos são de fundamental importância para a coluna. Isso porque é preciso manter a estrutura desse complexo para executarmos os mais variados movimentos. Para pegar um objeto no chão, as pessoas fazem uma rotação. Por isso, os músculos devem estar tonificados e alongados. A musculação é indicada, desde que com orientação de fisioterapeutas.

É o que fará o estudante de engenharia de minas Pedro Marchetti, de 20 anos, que há um ano sofre com a coluna.
Pedro nasceu com espinha bífida, anormalidade congênita do sistema nervoso. Felizmente, ele não terá que passar por uma cirurgia, mas são necessários cuidados. As dores ficaram mais intensas há quatro meses, quando começou a correr na rua com mais regularidade. “Era uma dor contínua, como se alguém estivesse martelando na região lombar.

Quando a dor aparece, não consigo me mover.” Pedro foi ao médico, que lhe indicou algumas sessões de fisioterapia. Porém, ainda não iniciou o tratamento. Atualmente, voltou a malhar, o que, em sua avaliação, pode ser bom.
Desconsiderar os sinais que a coluna dá ao longo dos anos pode tornar o problema cada vez mais grave. “Ninguém fica com dor na coluna porque engordou um quilo ou fumou um maço de cigarro”, afirma Luiz Cláudio.

A obesidade é um fator de risco, mas isso não quer dizer que todas as pessoas acima do peso irão ter problemas. Geralmente, os problemas são multifatoriais, ou seja, surgem devido a um conjunto de causas. O especialista alerta que para um tratamento eficiente é indispensável diagnosticar a causa do problema. Em alguns casos, juntamente com o exame clínico, é indicada a realização de exames complementares. Quanto antes o problema for identificado, melhoram as chances de recuperação.